segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Taxas de lixo não cobrem a recolha


Os valores cobrados actualmente aos munícipes da cidade de Maputo pelo trabalho de recolha de lixo apenas cobrem 40 porcento dos custos da operação sendo que a parte remanescente é suportada pela própria edilidade. Sem precisar os montantes envolvidos, o Presidente do Conselho Municipal, David Simango, diz que para corrigir este desequilíbrio o seu Executivo vai mexer periodicamente a taxa cobrada até que sejam os próprios munícipes a cobrir os custos da prestação daqueles serviços.



O trabalho da recolha e remoção de lixo na cidade é da responsabilidade do Conselho Municipal, através dos seus Serviços de Salubridade, sendo que devido à falta de capacidade, sobretudo de meios, nomeadamente viaturas, adjudicou aqueles serviços a algumas empresas privadas e associações.

O Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, David Simango, faz uma avaliação positiva do envolvimento de outros sectores no trabalho de limpeza da urbe afirmando que “avançámos muito na questão de tratamento de resíduos sólidos urbanos”. Referiu que a edilidade da capital do país tem um plano director com dois conceitos de base, nomeadamente de que o munícipe é produtor e pagador e de que o trabalho de recolha de lixo, em geral, tem que ser sustentável. Tal significa, segundo explicou, que as taxas cobradas têm que permitir pagar os serviços correspondentes, ou seja, que a relação entre despesas e receitas têm que se equilibradas.

No entanto, embora se esteja a caminhar para lá, David Simango considera que ainda não se alcançou tal sustentabilidade. “Hoje aquilo que é contribuição dos munícipes corresponde 40 porcento dos custos da recolha do lixo e os restantes 60 porcento alguém paga que não é o munícipe produtor. Por isso temos de corrigir este desequilíbrio”, disse indicando que, para o efeito, a edilidade da capital do país vai periodicamente mexer a taxa de recolha de resíduos sólidos.

Para o trabalho de recolha de lixo, a edilidade da capital do país definiu uma estratégia que compreende a divisão da cidade em zonas, nomeadamente do cimento e suburbana. Na primeira aquela acção é realizada através dos camiões do Conselho Municipal e na segunda pelos dos privados. A-propósito, disse que a avaliação que se faz é que tanto o sistema de recolha primária, através de micro-empresas como do convencional estão a funcionar em pleno. “Hoje podemos dizer que temos a nossa cidade não limpa como seria de desejar mas a estratégia é boa”, disse David Simango, para quem a cidade está melhor agora do que esteve antes.

Apesar do facto, considera haver necessidade de organização a nível do próprio Conselho Municipal e da educação cívica dos munícipes. “Nós temos um desafio da educação cívica dos munícipes porque muitas vezes estes não sabem conviver com o lixo que produzem em casa”, disse.

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